Ecovia 1 - de Lisboa a Monsaraz
Troço 2 - de Vila Franca de Xira a Coruche, 50km, 4 horas a pedalar
Assim sendo, hoje arranquei de Lisboa, e fiz-me deslocar mais a Poderosa de comboio suburbano até V. F. de Xira. Em 30 minutos chegamos à estação desta cidade Ribatejana, de onde se deu o arranque pelas 08:15h após a foto da praxe
A primeira boa surpresa dá-se na entrada para a Ponte Marechal Carmona, com uma zona de passagem exclusiva para peões e bicicletas. No final da ponte, uma viragem à direita permite-nos passar por baixo da N10 e entrar rapidamente nos estradões das lezírias ribatejanas.
Em poucos minutos afastamo-nos do ruído provocado pelo trânsito automóvel da N10 e entramos num mundo rural, sereno e com um ritmo que só a natureza sabe ter: lento!
Os estradões em terra batida, macadame ou gravilha permitem uma deslocação rápida e sem sobressaltos. Apenas veículos de utilização agricola por aqui circulam, já que estamos numa zona com vias de acesso condicionado ao transito automóvel.
Foi assim o maior parte da minha manhã de hoje
Campos agrícolas a perder de vista, aqui já em estrada com algum tráfego automóvel, mas de velocidade moderada.
As lezírias, devido à sua baixa cota, albergam uma rede de canais de rega e de drenagem que criam ambientes como o da foto em cima.
Animais de grande porte são alimentados e criados aqui
Mesmo que eu não quisesse, a observação de aves no seu habitat natural é uma constante nesta zona semi-selvagem do Ribatejo
A via de maior tráfego por onde circulei, a N118, tem berma que permite a utilização da bicicleta fora da via de circulaão de trânsito automóvel. Mesmo assim, este é um percurso a trabalhar melhor, no sentido de se tentarem arranjar alternativas mais seguras e confortáveis para a utilização da bicicleta
Depois de passar ao largo de Benavente, a entrada no Rio Sorraia faz-se percorrendo o canal de rega, a norte. A partir daqui será sempre assim, até Coruche. Natureza, Natureza, Natureza!
Arrozais no Rio Sorraia, visto do topo do canal de rega
"Los quatro amigos"
A meio do caminho tive um campanheiro de pedaladas inesperado: um agricultor que ía à sua quinta deslocando-se de bicicleta, enquando transportava a sua enchada neste veículo a pedal.
Aves e pequenos açudes são uma constante nesta paisagem natural e bela
Mais arrozais no Rio Sorraia
Caminho paralelo ao canal de rega
A Poderosa à sombra de um Sobreiro
Cegonhas no Rio Sorraia
Um casa com vista para o rio. A vista do cimo do selim da Poderosa é praticamente a mesma.
Próximo de Coruche, depois de muitos quilómetros a pedalar por vias de pavimento acessível a qualquer bicicleta e de tráfego automóvel quase nulo
Já em Coruche, num merecido descanso após quase 50 quilómetros percorridos, num miradouro a meio da ciclovia construída recentemente na zona ribeirinha desta vila.
De tarde, após a reunião no Turismo de Coruche, e por sugestão das técnicas Mafalda e Cristiana, fui visitar o Açude da Agolada, a cerca de 4 quilómetros do centro da vila. Um local isolado e paradisíaco, ideal para picnics e actividade ao ar livre.
Aqui sentei-me para lanchar.
Coruche, uma vila pacata na margem direita do Rio Sorraia
Assim é a vida de quem viaja em turismo por Portugal, montado numa bicicleta.
Amanhã, estudo do troço 3, de Coruche a Mora
Obrigado à Mafalda e Cristiana do Turismo de Coruche, pela simpatia e toda a documentação cedida.
Obrigado aos Bombeiros de Coruche, por me albergarem por uma noite.
Obrigado à Movefree por mais este apoio incondicional.
Obrigado à minha mãe por todos os dias rezar por mim e acender uma vela de azeite a N. S. de Fátima.
Até amanhã.
Paulo Guerra dos Santos
Muito interessante. Não tenho bicicleta mas se calhar este é o empurrão que eu precisava para dar umas voltinhas ao fim de semana.
ResponderEliminarPor certo que o nome Poderosa é uma homenagem àquela máquina com a qual Che Guevara e o seu amigo nos encantaram através das estradas sul americanas. Boa sorte meu amigo. Amanhã, cá estarei para segui-lo nesta sua/nossa viagem.
Força Paulo,cá estarei sempre a acompanhá-lo. Um abraço e boas pedaladas.
ResponderEliminarVítor Branco
Paulo gostei muito da tua descrição do percurso. O projecto começa já a tomar forma a cada pedalada a cada etapa, e vem em boa hora pois este país precisa de ideias boas/novas que alavanquem outras áreas da economia. Força Paulo boas pedaladas!
ResponderEliminarDisseste que o troço entre Lisboa e Vila Franca de Xira, é complicado e fica para estudar mais tarde, eu que o diga, no passado dia 15/05/2011, depois de participar no "biking aventura vencer o cancro", resolvi pedalar desde a praça do comercio até ao Carregado, e é muito perigoso, a estrada está cheia de armadilhas. E durante a semana ainda é pior. Acho que é nestas zonas mais urbanas onde há mais pessoas é que se devia investir mais nas ditas ecovias, o retorno desse investimento seria mais rápido, e decerto incentivava mais pessoas a utilizarem a bicicleta.
ResponderEliminarProf Paulo Guerra, felicito-o pela sua iniciativa.Espero que sirva para incentivar mais pessoas a utilizar a biciclata como meio ludico-desportivo e sensibilizar as autarquias para criarem mais ecovias. Seria uma forma de promover o turismo como alavanca económica do país. Irei seguir atenamente a sua missão e ficarei a aguardar que venha para a região do Douro, pois aqui haverá excelentes possibilidades de criar mais ecovias. Estou a lembrar-me do precurso onde era para ser construida a linha do caminho de ferro que ligaria Régua a Lamego e posteriormente a Viseu. Boa sorte
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ResponderEliminarMuitos parabéns Paulo,por mais esta iniciativa.Vou seguir o blog diariamente.
ResponderEliminarAinda tens o mesmo numero de telemovel???
Vamos ver se te consigo apanhar em Evora para tomarmos algo.
Grande Abraço
Nelson
Estremoz
Já que algúem falou na Ecovia (projecto) de Régua a Viseu, aproveito para deixar para quem não souber, que finalmente a Ecovia que liga Viseu - Tondela - Santa Comba Dão é finalmente projecto acabado e ciclável. Não deixem de experimentar. Para quem puder, durante a semana, que é boa maneira de fugir à confusão dos Fim-de-semana. Abraço e Boa viagem ao Paulo.
ResponderEliminarOlá,
ResponderEliminarIsto dá para fazer com pneus de cidade, i.e, sem grande sacrifício do conforto?
Mosquitos ao longo do troço, há?
Onde se pode arranja o ficheiro do troço?
Onde se pode ficar a dormir em Coruche?
Obrigado e parabéns por mais este projecto.
César, sim. Pneus de cidade, apenas com algum rasto para resistir à gravilha fina. Mosquitos não apanhei, mas deve depender da altura do ano, suponho. Em breve colocarei toda a informação aqui sorbe a Ecovia 1, de Lisboa a Badajoz. Abraço.
ResponderEliminarPaulo Guerra dos Santos
gostei muito do que vi e li. estou a pensar tambem em fazer a minha viagem de bicicleta de campelos a almodôvar :-)
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